Todo meu corpo se inquieta
à tua forte imagem, Golias,
e o povo, a ti, se aquieta.
Olhando-te agora, melancolias
espreitam minha mente,
mas irei derrotá-lo com avarias.
“Dorme, Israel, dorme calmamente,
pois amanhã será a grande guerra
que, do bronze, sangrará teu poente.
Escravizaremos tu e toda tua terra,
lutem comigo: o vencedor terá liberdade,
o perdedor, a miséria que arde e erra.”
Estremece o povo israelita, é verdade,
mas me proponho a lutar,
mesmo que meu porém seja a fragilidade.
Esta pedra, pequena, vou arremessar
em Golias, e espantarei os filisteus
com as bênçãos que sobre mim o Senhor derramar.
“Vejo, jovem Davi, o medo em teu
semblante e em teu corpo, calafrios;
o que resta para a morte? Onde estará teu Deus?”
Está em tudo: em mim, em ti… até nos vazios.
Tenho um presente aos povos de Israel e de Judá:
a morte do filisteu mais espantoso e frio.
Então, Davi arremessará a pedra, que atingirá
a cabeça de Golias e ficará encravada…
salvando seu povo, que se libertará.