do calor que a vista turva
a visão seduz e emula
um oásis de fartura
no mormaço a caminhar
com os pés meus na quentura
dos perderes, da lonjura
dos quereres, imatura
a vida aprende a engatinhar
nos alvéolos, tufa o anseio
na saudade, o devaneio
da existência, que não veio
no mormaço, a ausência-lar
mas então, suave enseio
sopra ainda o vento; ei-lo
um destino (ou um e meio)
na secura um emanar.