lar inquieto, unido à orla da extrema secura,
condensa a fala nos limites de toda cesura.
banha-se de vida, perde-se em sua dureza,
reduzem-me ao nome, me alentam tristeza.
ainda vislumbro novas margens, portos e mares…
sem a esperança do amor de meus próprios pares.
obrigam-me a navegar sem rumo em sua direção,
mas neste retorno há naufrágios, medo e solidão.
afogo-me em afetos tormentosos de espírito enganador
tentando demonstrar, sutis, um amor que não é amor.
minha nau estufa velas, mas não há ventania que a mova.
o que querem, afinal? que eu viva? que sofra? que morra?
o que eu sou, fui. e jamais pensei em desistir de mim
para desagradar seres que se bastam ao fim…
pois o peito heroico prevalece quando a luta fenece:
expedirei-me, fraco e endoidecido, porém vitorioso e engrandecido.